terça-feira, 15 de dezembro de 2009

- Sinestesia -


- Sinestesia -

Eu vejo o som do sino que toca

Sinto o gosto da paz que vem dele

E se espalha por todo lado o perfume do encanto

Trazendo aquele meu velho desejo de tocar nas notas

Tocar no som

Tocar o ar.

Pelo vale se espalha o som do sino

O único som que se sente

Encantando o paladar de crianças que brincam

De soltar bolhas de sabão transparentes

Mas que de perto tem cor

Cor de sonho

Cor de riso

Cor de bolha.

Eu sinto o cheiro da esperança

E quando se cessa o som do sino

Eu ouço o som da flor

Que é mais forte que seu cheiro

Porque grita, chama, pede por atenção

É a cor do cheiro,

Do gosto

Do toque

É a flor.

E enquanto sem razão ou juízo eu vejo tantas coisas se passarem

A vida passa também

Junto a pessoas que apenas ouvem sinos

Vêem bolhas

Cheiram flores.

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